Disputa com o Spotify e busca por ‘stalker’: como Taylor Swift sacode o mundo tecnológico

Disputa com o Spotify e busca por ‘stalker’: como Taylor Swift sacode o mundo tecnológico

Tragédia no show de Taylor Swift no Rio de Janeiro

Esse fenômeno de mídia foi tristemente ampliado, nos últimos dias, pelo falecimento de Ana Clara Benevides, uma fã que passou mal durante o primeiro show da cantora no Rio de Janeiro, realizado em condições de extremo calor e com muitas críticas sobre a organização. Nossa solidariedade à família e aos amigos nesse momento tão difícil.

Taylor Swift e as transformações tecnológicas

Vamos recapitular alguns momentos e circunstâncias que mostram o quanto a carreira de Taylor Swift se confunde com as transformações tecnológicas dos últimos anos.

Quem mexeu nos meus direitos autorais?

Uma das apostas mais ousadas de Taylor Swift, que virou a indústria musical do avesso, foi a regravação dos seus primeiros álbuns depois que sua antiga gravadora vendeu o acervo para um desafeto da cantora.

Taylor, então com 15 anos, assinou um contrato com a gravadora Big Machine Records, pela qual sairiam os seus primeiros seis álbuns. Em 2018, a cantora mudou de gravadora e tentou comprar os direitos sobre os masters, os originais de suas gravações. A Big Machine acabou vendendo para o empresário Scooter Braun, que passou a controlar os direitos de reprodução e distribuição dessas gravações.

Essa situação era insustentável para Taylor Swift, na época já uma das maiores artistas globais, já que ela se viu sem controle sobre a utilização de suas próprias obras, incluindo a possibilidade de veto a certos usos comerciais ou adaptações.

Fora do streaming de música

O potencial de Taylor Swift transformar modelos de negócio foi testado durante a disputa com o Spotify. A queda de braço começou em 2014, quando ela tirou todas as suas músicas da plataforma.

Essa decisão foi tomada depois um impasse na negociação com a Spotify. A cantora queria disponibilizar seu novo álbum apenas para assinantes pagos, enquanto a direção da plataforma insistia que o acervo dela pudesse ser acessado por todos os usuários, independentemente de assinatura, já que a plataforma se remunera com anúncios.

Swift argumentou que o modelo de streaming gratuito suportado por anúncios desvalorizava o trabalho dos artistas. Por outro lado, o Spotify sustentava que o modelo de streaming era uma solução para os problemas da indústria musical, incluindo a queda nas vendas de álbuns e a disseminação da pirataria.

Em junho de 2017, Taylor Swift anunciou seu catálogo voltaria ao Spotify e a outras plataformas de streaming que ofereciam um modelo gratuito suportado por anúncios.

Reconhecimento facial na multidão

Como a visibilidade de Taylor Swift é gigantesca, não é de se assombrar que algumas pessoas passem a desenvolver um comportamento obsessivo com relação à cantora. Por isso, Taylor não só reforçou a segurança como também empregou ferramentas tecnológicas para identificar pessoas que notoriamente a perseguiam.

A produção de um show da cantora no Rose Bowl, na Califórnia, usou tecnologia de reconhecimento facial em 2018 para identificar possíveis perseguidores. Foi montada uma cabine que exibia ensaios para o show. Quando os fãs paravam diante dela, suas imagens eram registradas e analisadas por um sistema de reconhecimento facial.

Essas imagens, segundo reportado, eram enviadas para uma central de comando em Nashville que as cruzava com um banco de dados de conhecidos perseguidores da cantora. O uso de reconhecimento facial levanta questões importantes sobre proteção de dados e segurança.

Read More


Comments

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *